segunda-feira, 28 de março de 2016

All over again

Cinco anos e meio e alguns vários escritos perdidos em cadernos e blocos de anotações depois, estou de volta.
Como sempre, a tristeza. Esse turbilhão de sentimentos inexplicáveis dentro de mim gritam desesperadamente. E não, eu não posso fazer isso com ninguém. Não que eu tenha alguém; mas ainda assim. Não é justo. E, bem...estarei mentindo se não disser que não tentei. Tentei, sim. Recorri aos que chamo "meus amigos". E foi como estar em 2006 novamente.
Bem que você me lembrou, aquele domingo à noite, quando conversamos por mais de três horas ininterruptas, que eu não me esquecesse por um segundo que fosse que eu fui abandonada por todos os que eu chamava 'amigos'. Todos, um por um, me deram as costas. Cada um à sua maneira, com seus motivos; mas sim, fiquei sozinha. Eu. Eu e meus medos. Eu e minhas angústias. Eu e meu desespero. Eu, apenas. 
Foi difícil, foi doloroso, foi angustiante, foi...uma eternidade. Foram dias negros, obscuros, confusos, atordoantes, dias cinzas, dias longos. Foram dias e noites acordada, sem qualquer vontade de absolutamente nada; o único e constante desejo era dormir e só acordar quando tudo já tivesse passado. Sim, eu sei, clichê. Mas foi o que aconteceu e não vou mudar os fatos só para fugir do óbvio ululante, para agradar você.
E agora estou me arrastando e arquejando e tentando com todas as forças me segurar a esse restinho de forças que ainda tenho -acho- para não afundar de novo. Agora eu não tenho mais você, a única pessoa que me entendia, para esticar a mão e me puxar com força sempre que eu estava me afogando - e até mesmo quando eu não estava. E agora, que eu não tenho você, nem ninguém, estou apavorada. E se eu afundar de vez?